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20 de Abril de 2024
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    Justiça proíbe glifosato em cidade argentina

    Justiça de Santa Fé proibiu uso deste e de outros agrotóxicos nos campos da cidade de San Jorge e determinou um estudo sobre impacto ambiental e na saúde humana em toda a província. O uso de glifosato, um herbicida de amplo espectro (mata tudo) muito empregado nas lavouras de soja transgênica, vem ocorrendo, decidiu a Justiça, em aberta violação às normas legais vigentes, causando severos danos ao meio ambiente e à saúde da população. Diretor do Centro de Proteção à Natureza denuncia explosão de casos de câncer na região.

    A Justiça da província argentina de Santa Fé proibiu o uso de glifosato (comercializado pela Monsanto com o nome de Randup) e de outros agrotóxicos nos campos da cidade de San Jorge. A Câmara Civil e Comercial de Santa Fé confirmou decisão de primeira instância que havia proibido o uso de agrotóxicos nesta região.

    A ação que motivou a proibição denuncia que nos últimos cinco anos a população do bairro Urquiza foi duramente castigada com reiteradas fumigações, tanto aéreas como terrestres, realizados pelos proprietários ou arrendatários de áreas rurais próximas ao povoado. O uso de glifosato, um herbicida de amplo espectro (mata tudo) muito empregado nas lavouras de soja transgênica, vem ocorrendo, decidiu a Justiça, em aberta violação às normas legais vigentes, causando severos danos ao meio ambiente e à saúde da população.

    Em entrevista ao site argentino Primera Fuente, o dirigente do Centro de Proteção à Natureza, Carlos Manessi, anuncia que a entidade (proponente da ação judicial) pretende agora estender essa proibição a toda província de Santa Fé e a toda Argentina (ver vídeo acima). Deixar as pessoas doentes e contaminar o solo constituem a pior herança que podemos deixar às gerações futuras. Estão eliminando todas as formas de vida na região e contaminando a água pelo uso do glifosato, entre outros agrotóxicos, destaca.

    O glifosato é o agrotóxico mais usado hoje na agricultura Argentina. Estima-se que são aplicados entre 160 e 180 milhões de litros por ano em um mercado que movimenta cerca de US$ 600 milhões. Aproximadamente 70% desse produto é usado em lavouras de soja.

    Segundo Manessi, são muitos os exemplos existentes sobre as conseqüências do uso desses agrotóxicos na saúde das pessoas e do meio ambiente. Um deles é a grande proliferação de casos de câncer em populações que vivem próximas às lavouras de soja.

    Acreditamos que não faltam mais provas. O que é preciso agora é que as autoridades e os produtores tomem consciência dos danos que estão sendo causados. Essa forma de produzir só traz dor e pobreza para a maior parte da população, lamenta.

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